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20 abril, 2012

PREOCUPAÇÃO COM SEDENTARISMO




Na grande maioria dos países em desenvolvimento, grupo do qual faz parte o Brasil, mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas não praticam um nível adequado de exercício físico. Esse problema fica mais claro quando levamos em conta os dados do censo de 2000, que mostram que 80% da população brasileira vivem nas cidades.
Os indivíduos mais sujeitos ao sedentarismo são: mulheres, idosos, pessoas de nível socioeconômico mais baixo e os indivíduos incapacitados. Observou-se que as pessoas reduzem, gradativamente, o nível de atividade física, a partir da adolescência.
Em todo o mundo observa-se um aumento da obesidade, o que se relaciona pelo menos em parte à falta da prática de atividades físicas. É o famoso estilo de vida moderno, no qual a maior parte do tempo livre é passada assistindo televisão, usando computadores, jogando videogames.

Sedentarismo é difícil de ser modificado

Desde publicações em periódicos científicos passando por revistas, livros, jornais, etc... há uma enormidade de conhecimento acumulado que nos permite dizer que o exercício físico é pré-requisito para se viver bem e com saúde.

Paralelamente, orientações gerais, metodologias de treinamento e os mais diversos métodos para a prática de exercícios físicos são propostos quase que continuamente. A despeito dessa constatação o sedentarismo é ainda um dos grandes agentes para o aumento do número de doenças cardíacas, diabetes, obesidade e outros males que assolam a população mundial.

Eis o conflito estabelecido: se é senso comum os benefícios dos exercícios físicos por que o sedentarismo ainda é um desafio difícil de ser enfrentado?

Esta é uma pergunta com várias e boas respostas. Depende da pessoa que a responde. Alguém, por exemplo, poderia falar sobre a evolução do cérebro humano e a adaptação do mesmo frente às novas e sucessivas tecnologias que promovem acima de tudo o conforto humano.

Quanto mais fácil, rápido e confortável, melhor. Em consequência, essa comodidade favorece o sedentarismo, muito embora a tecnologia não seja responsável de fato pelo sedentarismo de ninguém.

Quando me perguntam sobre sedentarismo e qual a melhor maneira de evitá-lo, eu costumo iniciar a resposta com poucas palavras: o hábito do exercício físico.

Os hábitos são a essência do comportamento. Portanto, desde criança as pessoas deveriam se habituar a praticar exercício físico. Correr, andar de bicicleta, caminhar, andar de skate, praticar outros esportes... Enfim, tudo o que estiver ao alcance da criança favorece a criação de hábitos que naturalmente se solidificarão em comportamentos perenes.

Quanto mais avançar a idade, mais sacrificante será para a pessoa criar novos hábitos e comportamentos. É fácil enquanto criança manter o peso e criar mecanismos contra o sedentarismo. Habituar a criança a comer alimentos saudáveis e se exercitar constantemente são as diretrizes desse caminho.

A questão é que isso só é possível com o envolvimento dos pais através do exemplo das atitudes. Quem estimula a prática dos exercícios e quem compra os alimentos são os pais.

Pais que praticam exercícios físicos com as crianças e de alguma forma as estimulam, possivelmente estão garantindo um comportamento ativo na adolescência e contribuindo de maneira significante para que esse estilo de vida se estenda pelo resto da vida.

Não há nada de determinismo, mas criação e solidificação de hábitos que se transformarão em comportamentos duradouros. Deixar as crianças crescerem sem exercício físico é abrir a porta para o comportamento sedentário.

O comportamento sedentário é difícil de ser modificado, pois esse promove facilidade e conforto, mesmo que de uma forma superficial, porém muito atraente para nosso cérebro que nos impulsiona sempre para a economia de energia.

Em resumo, criança com peso ideal e fisicamente ativa são os objetivos para se evitar o sedentarismo do futuro e todas as suas consequências. Mas lembre-se, um grande passo para essa verdadeira conquista é seguir o velho ditado popular: o exemplo vem de cima!

CONSEQUÊNCIAS DO SEDENTARISMO

A vida sedentária provoca literalmente o desuso dos sistemas funcionais. O aparelho locomotor e os demais órgãos e sistemas solicitados durante as diferentes formas de atividade física, entram em um processo de regressão funcional, caracterizando no caso dos músculos esqueléticos, um fenômeno associado à atrofias musculares, à perda da flexibilidade articular, além do comprometimento funcional de vários órgãos.

DOENÇAS ASSOCIADAS À VIDA SEDENTÁRIA

O sedentarismo é a principal causa do aumento da incidência de várias doenças:
• Hipertensão Arterial;
• Diabetes;
• Obesidade;
• Ansiedade;
• Aumento do Colesterol;
• Infarto do Miocárdio.

OS BENEFÍCIOS DE DEIXAR O SEDENTARISMO

Melhoram a saúde como um todo, o bem estar e a autoestima, além de:
• Reduz o risco de morrer prematuramente;
• Reduz o risco de morrer de doença cardiovascular;
• Diminui o risco de desenvolver diabetes;
• Reduz o risco de desenvolver pressão alta;
• Ajuda a diminuir a pressão sanguínea em pessoas que já têm pressão alta;
• Reduz o risco de desenvolver câncer de cólon;
• Diminui os sentimentos de ansiedade e depressão;
• Ajuda a controlar o peso corporal;
• Ajuda a manter ossos, músculos e articulações saudáveis;
• Ajuda os idosos a ficarem mais fortes e mais capazes de se mover ao cair;
• Promove o bem-estar psicológico

COMO DEIXAR DE SER SEDENTÁRIO

Praticar atividades esportivas como andar, correr, pedalar, nadar, fazer ginástica, exercícios com pesos ou jogar bola é uma proposta válida para evitar o sedentarismo e é importante para melhorar a qualidade de vida. Segundo trabalhos científicos recentes, praticar atividades físicas por um período mínimo de 30 minutos diariamente, contínuos ou acumulados, é a dose suficiente para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida.

Como liberar a ATIVIDADE FÍSICA

A liberação plena para a prática de atividades físicas, particularmente as atividades competitivas e de maior intensidade, deve partir do médico. Nesses casos, um exame médico e eventualmente um teste ergométrico podem e devem ser recomendados. Indivíduos portadores de hipertensão, diabetes, coronariopatias, doenças vasculares e etc, devem ser adequadamente avaliados pelo clinico não somente quanto à liberação para a prática de exercícios, como também quanto à indicação do exercício adequado como parte do tratamento da doença. Quando se trata de praticar exercícios moderados como a caminhada, raramente existirá uma contraindicação médica, com exceção de casos de limitação funcional grave.

Idosos

Ninguém é tão velho que não possa aproveitar os benefícios da atividade física regular. Em especial aos idosos, a prática de exercícios de fortalecimento muscular pode reduzir o risco de quedas e fraturas de ossos, além de melhorar a capacidade de viver mais independentemente.

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